Esta postagem contempla um emocionante relato que vai ficar
pra sempre na minha memória. Fazia tempo que eu planejava fazer uma aventura
solitária em Jaguariaiva (mais a diante eu explico a razão). Bom, fiz o
percurso em QUATRO etapas (para ler basta clicar no link):
- PARTE 1 - O Parque Linear do Cachoeirão, no Rio Capivari;
- PARTE 2 - A Reserva Lago Azul com a majestosa e enigmática cachoeira Véu da Noiva e a Cachoeira das Andorinhas no rio Lageado Grande;
- PARTE 3 - O esplêndido Câniondo Vale do Codó no rio Jaguariaíva no Sertão de Cima.
- PARTE 4 - Rafting nas encanadas águas do Cânion do Parque Estadual do Cerrado também noRio Jaguariaiva.
Jaguariaíva é um município dos Campos Gerais do estado do
Paraná, fica à 220 Km de Curitiba, passando Ponta Grossa, Castro e Piraí do
Sul. A Cidade, acredito eu, é uma das mais prósperas do estado devido ao
estratégico manejo florestal de Pínus e eucalipto que é utilizado na produção
de papel e beneficiamentos em madeira compensada. A cidade é cercada por
florestas de Pinus, espécie de pinheiro e por vários rios que formam lajeados, cachoeiras
e Canions que integram unidades de conservação ambiental.
Vale dizer com muita ênfase que o Cânion do Rio Jaguariaíva
que integra o Vale do Codó e Serrado é o 8º maior Cânion do mundo formado de
escarpas de arenito que chegam a 80 metros de altura.
Planejei uma aventura de cinco dias, que começou na difícil
tarefa de transportar uma bike no ônibus rodoviário. As empresas infelizmente
não acompanham a evolução humana. Bem, desmontei a bike, paguei “excesso” de bagagem e ainda tive que enrolar a bike
num papelão que pedi para um mendigo. Embarcada a bike, lá fui para
Jaguariaíva. Cheguei a noitinha. Uma plateia se formou pra ver montar a bike, perplexos
em contemplar a façanha rapidinho e já sai pedalando da rodoviária. Pernoitei
no hotel Dib, que por 60,00 reais não é dos piores, mas não espere conforto
algum. Dormi com as canelas do lado de fora da cama ao som dos pernilongos.
Na manhã seguinte fui procurar uma tia minha, pra fila um
almoço e ver se conseguia um “pouso” mais familiar. Essa tia, Vilma Sampaio é
irmã o meu pai. Olha a foto dela ai e da casa.
Esta casa é uma raridade, deve ter bem uns 100 anos e valeu um pequeno registro de interesse “arqueológico e etnográfico”.
Esta casa é uma raridade, deve ter bem uns 100 anos e valeu um pequeno registro de interesse “arqueológico e etnográfico”.
Com o buxo cheio e a cama garantida, parti para a
exploração. Primeiro fui até o Cachoeirão, agora se chama Parque Linear do Rio
Capivari. Esse lugar é muito especial pra mim. Quando eu era piá meu pai levava
a mim e meus irmão nadar nessas corredeiras (na época era limpinho). Ele, na
sua simplicacde, nos oferecia o ele tinha de melhor. Claro que na época,
Brodinh@, as coisas não tinham o significado que tem hoje pra mim.
É preciso um pouco de sofrimento, uma boa dose de angústia, algumas perdas, uma série de ausências, um pouco de pobreza, ou até mesmo ver os olhos brilhantes da morte na solidão da tristeza ou na doença, entre tantos outros percalços da vida, para que o sentido desapareça, e depois, incompleto e arrebatador, reviva na forma de busca. Uma busca que se realiza no percurso do caminho de uma vida. Esses sentidos vão aflorando, a medida que a gente se expõe ao risco, a incerteza, ao desabrigo, construindo significados e nos refazendo como pessoas mais integradas a vida e a liberdade, com um horizonte bem mais ampliado sobre as coisas e sobre si mesmo.
É preciso um pouco de sofrimento, uma boa dose de angústia, algumas perdas, uma série de ausências, um pouco de pobreza, ou até mesmo ver os olhos brilhantes da morte na solidão da tristeza ou na doença, entre tantos outros percalços da vida, para que o sentido desapareça, e depois, incompleto e arrebatador, reviva na forma de busca. Uma busca que se realiza no percurso do caminho de uma vida. Esses sentidos vão aflorando, a medida que a gente se expõe ao risco, a incerteza, ao desabrigo, construindo significados e nos refazendo como pessoas mais integradas a vida e a liberdade, com um horizonte bem mais ampliado sobre as coisas e sobre si mesmo.
Refazer esse encontro com esses lugares, portanto, tem essa
intenção pra mim: integrar-me a uma memória de infância buscando construir um
valor pela retomada desses significados.
Já falei demais, bro. Olha ai as fotos desse lugar
maravilhoso. Passei a tarde toda perambulando por ali pelo Cachoeirão.
Depois de tudo, uma pausa para um bom pensamento e beber um
caneca de água da bica. A imagem do meu pai agachado com a caneca de água adere
a minha, como um reflexo. Foi ai, desde piazinho, que eu recebi a lição:
aprecie aquilo que o caminho lhe oferece.
E o caminho às vezes surpreende. Eu estava ansioso, por não
saber o caminho para o Sertão em busca do Vale do Codó e a rota das cachoeiras,
bem eu precisava de um guia.
Vinha pensando nisso quando dei de cara numa bicicletaria. Eu já havia visto no Facebook, mas foi uma grande surpresa. Conheci o Osmin Ferraz e a gente combinou que ele iria fazer essa assistência pra mim e ainda combinamos de fechar o domingo com um hafting no Rio Jaguariaíva até o Parque Estadual do Cerrado. “fexôoo”!
Ler Jaguariaiva Parte 2 - A Reserva Lago Azul >>
Vinha pensando nisso quando dei de cara numa bicicletaria. Eu já havia visto no Facebook, mas foi uma grande surpresa. Conheci o Osmin Ferraz e a gente combinou que ele iria fazer essa assistência pra mim e ainda combinamos de fechar o domingo com um hafting no Rio Jaguariaíva até o Parque Estadual do Cerrado. “fexôoo”!
Ler Jaguariaiva Parte 2 - A Reserva Lago Azul >>
Essa é a loja o Osmin Ferraz
Um comentário:
boa tarde, gostaria de fazer o mesmo percurso, tbm de bike, moro a 150 km de jaguariava, e agora q tenho um cunhado la qria aproveitar, poderia me dar algumas dicas eu agradeceria mto,responder no meu email:
tmunizmachado@bol.com.br
tiago muniz
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