Olá
brodinh@s, esse é um polst sobre uma pernada desde Porto de Cima até o “Pico”
Marumbi. É um polst especial pois estamos comemorando 135 da conquista do
Marumbi e consequentemente o desenvolvimento do montanhismo no Brasil.
Quero dedicar essa aventura ao amigo Guilherme Fialho, Artista de Cristo, Grafiteiro, um brodinho que eu gostaria de ter levado numa aventura, mas a vida foi breve e faleceu precocemente. Para você amigo.
Guilherme grafitando
Quem me acompanha nesta aventura são os broders Rodolfo e
João que está estreando no Marumbi.
Rode (Rodolfo)
Jhon (João)
Saímos de Curitiba no sábado direto pra Morretes de ônibus.
Rapidinho chegamos, demos uma volta pela cidade e pegamos um taxi até Porto de
Cima. Ficamos hospedados na Pousada Dona Siroba. Alugamos um chalezinho com a
Silvia, amiga de anos. Olha o naipe. Conforto é muito bom. Jantamos aquele
peixe gostoso e fomos pra cama.
Levantamos 4:30 da manhã, tomamos café e seguimos pela
estrada beirando o Rio Nundiaquara. Primeira parada, depois de 1 hora de
caminhada, no IAP registrar nossa presença e itinerário na reserva. Seguimos
estrada acima agora até a Estação Marumbi, mais 1 horinha de caminhada.
Sol nascendo no horizonte... dá até pra pegar.
Nosso objetivo à frente: Marumbi.
Paradinha no Rio Nundiaquara.
Chegando
lá na estação resolvemos pegar a trilha vermelha, a do conjunto, até o Olimpo (Noroeste - Frontal).
É uma trilha longa, de 4 horas. Bem temos que voltar até as 15:30 para pegar o
trem, de modo que decidimos ir até onde der o tempo e descer. Nosso plano
original era descer pela branca, dar a volta toda, mas o tempo não era
suficiente. Justificando já de antemão que não sabíamos se daria pra chegar no
cume, com toda carga que levávamos, diminuía o ritmo. Chega de lero-lero e borá
pro caminho.
A
trilha estava sequinha e limpa. O clima colaborou e o céu estava azulzinho,
coisa rara no Marumbi sempre rodeado com aquelas nuvenzinhas e chuvas
orográficas. Porém, dentro da mata estava um calor exaustivo! Com sol a pino!
Nas pedras do Marumbi, entre escarpas, vez ou outra
pendurados nas tradicionais corrente e escadinhas. Eu sou cagão assumido e quando
chega naqueles 30 metros abismais, pendurado naqueles grampos em forma escada, meu Deus, tremedeira total! Coitado do
João que não conhecia! Haja coração!
O visual é de tirar o fôlego! O céu azul, a imersão na
mata-atlântica, o horizonte povoado de montanhas.
Para à direto Abrólhos para esquerda Ponta do Tigre
Paramos de subir na quarta hora, já era 12:30. Faltava ainda
mais 1 hora para o cume. Sentamos ali mesmo na trilha, na sombra dos bambuzinhos
e almoçamos contemplando no horizonte, as Montanhas de Deus, como diz o Salmo
90,
“Antes de formares os montes
e de começares a criar a terra
e o Universo, tu és Deus eternamente,
no passado, no presente e no futuro.”
Exaustos!
Almoço na Trilha
Exaustos pelo calor e pela “carga”, é hora de descer. Mais 3
horas de pernada. Minha preocupação é aquela escadinha... Bem, não ia contar
mais, acabei não resistindo, as pernas do João tremiam! Mais um cagão pro time.
O Rodolfo, que já é escalador, tirou de letra, já eu... melhor nem comentar.
Uma pausa para leitura, no mais estiloso marumbismo, enquanto espera o trem chegar.
Chegamos à Estação bem a tempo de pegar o trem, que pra
variar atrasou. Eu particularmente adoro voltar de trem, de ver o mundo e a
vida daquela pequena janela.
Sabe brodin@, as vezes é preciso abrir as janelas da vida. Quando abrimos arejamos a mente e o coração. Não é o cansaço, a exaustão ou os medos que enfrentamos no caminho que ficam registrados. O que permanece é o olhar das coisas que se descortinam diante de nós como um convite. Ver a vida, respirar a vida, beber a vida na bica, sentir uma brisa num momento de exaustão. Tudo isso ilumina nossa vida de tal forma que ao fechar os olhos, só o que vem a mente é a felicidade e a gratidão. É isso por isso que vale.
Marumbi ao fundo. Até breve!
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