Fazer o caminho do Itupava de ponta a ponta, saindo de Quatro Barras até Porto de Cima é um desafio clássico dos aventureiros de fim de semana. Estou falando da trilha, pois muitos fazem o percurso pelo trilho depois da Casa Ipiranga. Aliás, durante o percurso, não é raro encontrar pessoas das mais diversas partes do mundo encarando a trilha. Ou seja, a trilha é um grande desafio! Ao todo são 22 km até Porto de Cima.
Esta postagem mais antiga tem mais informações sobre o Caminho do Itupava que não vou repetir aqui, blz.
Normalmente, salvo alguns
escorregões, a trilha é tranquila. Mas, some o frio, a chuva e a noite, daí
brodinho, você vai estar “hardcoremente” encrencado. Bem, foi nesta condição
que encaramos a trilha e este post é o relato dessa aventura.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW20yPgYGDkrgrNDVfJorUbbkeG9bgVCgN-fiGfl6E4TNGaD1rLG9OnRFdAVTcidNwqmabqUDAbaD8DrD5KBbLRhS5sjw1x891ZFJy550OO4KHhMnRJWMWajhJ65QEhiDREZhVeg/s400/DSC08048_1.jpg)
Quem nos deu suporte dessa vez
foi o grande broder Emersom. Gente boa já levou a gente até Paranaguá no
desafio de Superagui (veja o post aqui). Mas botar o pé na trilha, daí já não é
com ele.
Fizemos nosso registro no
postinho do IAP e lá fomos nós para dois dias de aventura. Nosso plano inicial
era descer o Caminho do Itupava até o Cadeado, acampar ali e no domingo subir
até o Complexo Marumbi, subir uma das montanhas e voltar de trem. Como eu disse,
“era”...
Ai estão os aventureiros:
Jaksom
Roddy
Eduardo
Julio
A manhã estava fria e ameaçava
abrir um solzinho. Estava frio, mas agradável para caminhar.
O percurso até a Casa do Ipiranga
foi tranquilo. Encontramos vários grupos fazendo esse bate e volta.
Esta ponte marca o fim desse
percurso.
Depois dela, só mais um lance de subida e chegasse ao as ruínas.
Paramos ai para descansar, fazer um xixi e comer um lachinho.
E fazer várias fotos. Este ponto é bem bacana.
Depois dela, só mais um lance de subida e chegasse ao as ruínas.
Paramos ai para descansar, fazer um xixi e comer um lachinho.
E fazer várias fotos. Este ponto é bem bacana.
Seguindo um pouco mais adiante chegamos nas Ruínas Arruinadas da Casa Ipiranga.
Aqui fica alguns registros das ruínas, cada vez mais arruinadas por vândalos.
Exploramos um pouco mais o trilho do trem neste ponto.
Até aqui estava tudo bem e o Eduardo até arriscou uma dança da garça.
O Roddy fez um registro botânico do percurso, confere ai as fotos dele:
Desse ponto em diante a trilha começa a ficar cada vez mais difícil, com grandes aclives e declives escorregadios.
Aqui fica alguns registros das ruínas, cada vez mais arruinadas por vândalos.
Exploramos um pouco mais o trilho do trem neste ponto.
Até aqui estava tudo bem e o Eduardo até arriscou uma dança da garça.
O Roddy fez um registro botânico do percurso, confere ai as fotos dele:
Desse ponto em diante a trilha começa a ficar cada vez mais difícil, com grandes aclives e declives escorregadios.
A trilha é revestida por esse
calçamento histórico. Com a garoa que começava a cair, a pedras foram ficando
bem lisas.
A dificuldade foi aumentando a medida que avançávamos no interior úmido da Mata Atlântica. Além de tudo, estávamos com as
mochilas carregadas de equipamento e de comida. Reflexo do trauma que passamos
no Pico Paraná onde ficamos sem água e com pouco alimento durante uma
tempestade. Bom, como bem disse o Jaksom, nós somos especialistas em se meter
em enrascadas!
Nossa primeira meta era chegar na
Represa Véu da Noiva.
O acesso à represa fica depois da terceira cachoeira, no alto de uma subida. Uma pedra triangular riscada com a palavra “Veu” marca o ponto de acesso. Só clicar na pedra e um portal se abre... brincadeira! Que bom se fosse como no computador. Tem que sair da trilha por um caminho bem íngreme. Íngreme mesmo!
O acesso à represa fica depois da terceira cachoeira, no alto de uma subida. Uma pedra triangular riscada com a palavra “Veu” marca o ponto de acesso. Só clicar na pedra e um portal se abre... brincadeira! Que bom se fosse como no computador. Tem que sair da trilha por um caminho bem íngreme. Íngreme mesmo!
Ai está a represa. Bem linda
mesmo.
Do outro lado da margem fica o
trilho do trem. Alguns aventureiros seguem o restante do percurso até o cadeado
pelos trilhos. É muito bonito, só que muito perigoso por causa das pontes e túneis.
Imagine o que é ser surpreendido por um trem nessa situação.
Inversão Térmica
I´m Jedi and I know it
A neblina caiu pesada e a
temperatura caiu bruscamente também, como se uma onda invadisse a represa.
Voltamos para a trilha com a garoa cada vez mais forte.
Eduardo sem forças.
Desse ponto em diante, brodinho,
nem queira saber. Foi hard. Nunca cai tanto na minha vida. A gente tinha que ir
bem devagar para não se estatelar nas pedras. Com toda certeza, foi um dos
percursos mais difíceis que fizemos devido as condições climáticas.
Já no vale, montamos as barracas
debaixo de chuva forte. Cansados e aflitos. Dormir nessas condições é um dilema
entre o sono e a atenção. Os pingos ficam batendo na lona da barraca, uma
aflição. É como dormir acordado. Evidentemente não houve condições para
registrar essa situação.
Já de manhã preparamos um bom
lanche. Graças a Deus não estava mais chovendo. Mas a musculatura doía por completo.
A barriga da perna então, ardia dolorida. Estávamos detonados.
Resolvemos abortar o plano de
seguir para o Marumbi, visto que as condições eram desfavoráveis para qualquer
investida, e com certeza só iríamos nos machucar ainda mais. Resolvemos seguir
para Porto de Cima e almoçar por lá e voltar de ônibus.
Esta placa marca o fim da trilha,
mas tem um longo percurso de 8 Km que parece que não acaba mais, até Porto de
Cima.
Depois de três horas de caminhada desde o acampamento chegamos numa clareira na beira do rio. Paramos pra descansar e tomamos um banho. Imagina uma água congelada de doer os ossos! Mas foi revigorante, e extravasamos a tensão sofrida na noite anterior.
Depois de três horas de caminhada desde o acampamento chegamos numa clareira na beira do rio. Paramos pra descansar e tomamos um banho. Imagina uma água congelada de doer os ossos! Mas foi revigorante, e extravasamos a tensão sofrida na noite anterior.
Depois seguimos até o posto do
IAP, demos baixa e seguimos para Porto de Cima. O sol começou a aparecer o
finalmente o clima melhorou.
Click do Jakson
Chegamos na Pousada Dona Siroba
onde a Silvia, amiga de anos nos serviu esse delicioso prato combinado de Peixe
com Frutos do Mar. Comemos mais que os Hobbits do condado.
Pegamos o ônibus as 16:30 em
frente a pracinha. E aqui termina este post com essa linda imagem do Complexo
Marumbi envolto pelo manto das nuvens. Olhe bem para essa imagem, e perceba atentamente que Deus pode ser encontrado nos lugares mais improváveis.
A lição que tiramos disso tudo é
a de que os planos podem ser frustrados pelas incalculáveis e imprevistas
dificuldades. Entretanto, se mantemos a serenidade e a confiança, não
desanimando, o próprio caminho vai oferecendo as soluções e os recursos necessários
para completarmos a jornada. Além disso, os laços de amizade e confianças ficam
reforçados, fazendo com que nossa vida repercuta simplicidade e compaixão.
É isso brodinho. Quero terminar agradecendo a Equipe da Território Montain que me ajuda a escolher os melhores equipamentos. Acredite, faz muita diferença. E também aos amigos da Conquista Montanhismo que oferecem produtos de alta tecnologia que podem ser usados tanto por atletas de ponta como aventureiros de fim de semana como nós. Valeu!
Um comentário:
Cara muito legal o blog!!! Parabéns!
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